quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As grandes estrelas morrem aos poucos...


O astrônomo norte-americano Nathan Smith, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), num estudo publicado na Nature desta semana, identificou a natureza de um evento que em 1843 aumentou bruscamente o brilho de Eta Carinae-uma das maiores estrelas conhecidas. Não foi uma erupção superficial, como se acreditava, mas uma de várias explosões nucleares que precedem a grande explosão final da estrela! O estudo indica que as estrelas supermassivas morrem aos poucos, e não em um único evento final-a "famosa" explosão de supernova. Com uma massa estimada entre 100 e 150 vezes a do Sol, Eta Carinae é uma das maiores e mais luminosas estrelas da Via Láctea, o tipo de estrelas que produzem grande parte dos elementos químicos do Universo. Até hoje os astrônomos acreditavam que as grandes estrelas sofriam apenas uma única e violenta explosão nuclear, na qual elas morriam e davam origem a um buraco negro. Nesse evento extremo elas liberam a energia que o Sol terá emitido ao longo de toda a sua vida de 10 bilhões de anos. O que perturbava os cientistas em relação a Eta Carinae era ela já ter liberado essa imensa energia e ainda estar viva. As conclusões revelam que ela já está em fase terminal. Além do evento em 1843, ela já sofreu mais duas grandes explosões, uma entre 500 e 1000 anos atrás e outra em 1890. E agora a dedução aterradora: a estrela pode explodir a qualquer momento nas próximas décadas ou séculos! A explosão final superará o brilho de todas as galáxias do universo local e será visível em todas elas. Por um momento, a supernova brilhará como 20 trilhões de sóis. Estando sòmente à cerca de 7500 anos-luz da Terra o que observamos atualmente já ocorreu há milhares de anos, por isso, ela pode já estar morta e as ondas de choque ainda não chegaram até nós. A supernova de Eta Carinae terá um grande poder de destruição, embora tambem vá espalhar vida... Se a Terra estivesse no eixo de rotação de Eta Carinae, e parece que não está, após a explosão a camada de ozônio seria destruída em fração de segundos e toda a vida no planeta seria extinta... (Arte: Observatório Gemini/Lynette Cook)

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